terça-feira, 13 de agosto de 2013

Cicatriz no seu cheiro


Neste mar onde a saudade o deixa
Inventar novas palavras, outra língua,
Desventura renascida da má sorte!
Lançando lágrimas a esta imensidão,
Juntando a dor profunda ao Mar tamanho,
Que em silêncio são a minha multidão!

Ninguém escreveu nos versos do destino,
 este meu mar , meu cheiro,
Baralhando as vagas densas do divino
Amor que tenho e não tenho a quem o dar.

Deixa-me embalar mesmo sem sono,
No horizonte deste azul eternidade
Abafando o desespero e o abandono,
Que me deste meu amor, eu não queria.
Talvez sonhos de sustento e de suporte,
Tu foste o sonho de um momento sem idade,
Que me fez amor por ti, voltar da morte!


Als

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